O Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) 2021 terá duas modalidades, a impressa e a digital. Este é
o segundo ano de aplicação da modalidade digital do exame. Nesta edição, as
duas versões serão nas mesmas datas – 21 e 28 de novembro – e os itens das
provas e o tema da redação, iguais.
A versão
impressa ainda concentra a maior parte dos candidatos. Segundo o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 3.109.762
estão inscritos no Enem 2021. Destes, 3.040.871 farão a prova impressa e
68.891, a digital.
O Enem
digital foi aplicado pela primeira vez no início deste ano, na edição de 2020.
Naquela edição, porém, tanto as provas quanto as datas de realização
foram diferentes das do Enem impresso. Em meio à pandemia, cerca de 70% dos
inscritos não compareceram ao exame. A intenção é que, ano a ano, mais
candidatos façam a prova no computador e que, até 2026, o Enem se torne
totalmente digital.
Da mesma
forma que os candidatos do Enem impresso, os inscritos para o formato digital
devem ir até o local de prova, onde terão um computador disponível para fazer o
exame. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os candidatos também devem
levar caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente,
pois a redação, no primeiro dia do exame, é feita em papel. No segundo dia de
prova, os estudantes receberão folhas de rascunho para fazer, à mão, caso
desejem, os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza.
O sistema
apresenta algumas facilidades: a marcação das questões é feita em tela, não é
preciso, portanto, preencher o cartão de respostas ao final da prova; é
possível navegar entre as questões e marcar aquelas que ainda não estão
preenchidas e fazer anotações em tela. O Inep disponibilizou um tutorial no
Youtube.
O
coordenador de ensino médio do CEL Intercultural School, Rômulo Braga, que fez
o Enem digital 2020, diz que gostou do modelo. “Eu sou muito habituado a mexer
em tela, então, para mim, foi a mesma experiência, não senti dificuldade
nenhuma.”
Braga
destaca que o Enem digital é exatamente igual ao impresso. “Só muda do papel
para a tela do computador, e fica uma questão por tela, mas há possibilidade de
ir entre as questões, de rascunhar em cima. A diferença pedagógica é
praticamente nenhuma. A grande questão é que vai fazer em frente ao
computador.”
Já o
professor de história do Colégio Mopi, Rafael Duarte, recomenda que os alunos
façam a inscrição na modalidade impressa. “A prova [digital] ainda tem caráter
experimental, e a gente tem preparado os alunos para a versão impressa.” A
recomendação é que os estudantes anotem as questões em que tiveram mais
dificuldade para depois voltarem mais facilmente a elas e também que reservem
um tempo para preencher o cartão de respostas.
Na reta
final, o preparo para o exame, em ambas as versões, é semelhante, afirmam os
professores. “O ideal agora é focar em exercícios, simulados e em provas
antigas. Dentro do limite do tempo e da disponibilidade que cada estudante tem,
ele deve procurar as provas do primeiro dia de exame para ter modelos de
questões -- provas de linguagens, ciências humanas e redação – e
cronometrar o tempo para fazer as provas. Pensar em estratégias de prova,
entender como lidar com questões difíceis”, recomenda Duarte.
Na página
do Inep, estão disponíveis as provas e os gabaritos de anos anteriores.
Um dia
antes do exame, a dica é descansar e ficar atento a recomendações como não
comer nada pesado, dormir bem à noite, não estudar na manhã do dia da prova,
para evitar estresse e conservar a saúde mental antes da prova, diz Braga.
Rafael
Duarte lembra que, na semana passada, o clima foi de apreensão e insegurança
entre os estudantes, por causa de demissões ocorridas no Inep. “O ideal é agora
focar na preparação, esquecer esse ambiente conturbado e tentar não se
influenciar pela atmosfera de incerteza”, diz. “É bom o aluno focar na prova e
continuar a preparação dele para o Enem porque essa preocupação não vai trazer
um resultado positivo.”
Em
audiência pública na Câmara dos Deputados, o presidente do Inep, Danilo Dupas
Ribeiro, descartou a possibilidade de riscos quanto à realização do Enem.
“Reforço que as aplicações [do Enem] estão garantidas, pois as fases
preparatórias já foram concluídas, restando a distribuição das provas para a
sua aplicação", disse. “As provas estão prontas, e as equipes já foram
capacitadas. Está tudo certo, não se preocupem”.
O Enem
classifica estudantes para vagas em instituições públicas de ensino
superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições
privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro
para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser
usados para entrada em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com
o Inep.
O exame
será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro. No primeiro dia, os estudantes
farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo,
matemática e ciências da natureza. Os locais de prova estão disponíveis no
Cartão de Confirmação de Inscrição na Página do Participante.
(POR AGÊNCIA BRASIL)
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