O leilão do 5G, realizado pelo Governo Federal nos dias
4 e 5 da semana passada registrou, na segunda-feira (8), o seu 1° caso de
desistência de uma empresa em assumir a operacionalização da tecnologia no
Brasil. Uma nota divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
informou que a Fly Link, operadora de internet por fibra óptica de Uberlândia
(MG), desistiu da compra do lote H42.
O lote
fazia parte dos pacotes regionais, vendidos na
sexta-feira (5), que previam uma licença na frequência de 26
gigahertz (GHz), e foi arrematado pela Fly Link por R$ 900 mil. A faixa
operaria o 5G na região do Triângulo Mineiro e em outras localidades do Mato
Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Para explorá-la, haveria ainda uma
contrapartida de levar internet gratuita para escolas públicas de Educação
Básica.
Segundo a
nota da Anatel, a operadora "informa o desinteresse no lote arrematado,
objeto da faixa de 26 MHz, por não ter arrematado outros lotes que
complementariam o seu modelo de negócios". Também em nota, a Fly Link
explicou que parte do valor da compra seria bancado por um investidor externo,
mas o negócio acabou sendo inviabilizado porque a operadora não conseguiu
arrematar outros lotes considerados estratégicos.
Adquirido
em um lance único, o lote foi considerado "deserto", uma ocorrência
já prevista pela Anatel na faixa de 26 GHz que, segundo a Comissão de Licitação
do Leilão do 5G, atraiu poucos proponentes. "A gente disponibilizou muito
espectro para ver até onde ia. Obviamente, há incertezas e eu entendo que isso
faz que haja um desejo um pouco menor nessa faixa do que em outras",
explicou o presidente da comissão, Abraão Balbino.
Com a
desistência, a Fly Link terá que pagar uma "multa de 10% sobre o preço
ofertado em sua proposta vencedora", segundo a Anatel. A agência
reguladora afirmou que o leilão movimentou R$
47,2 bilhões entre pagamentos ao Tesouro e investimentos
obrigatórios.
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