Dados do
Ministério da Saúde divulgados nessa segunda-feira (25) apontam que o Brasil
registrou 229.064 casos de dengue apenas nas 11 primeiras semanas deste ano. O
número significa um aumento de 224% em relação ao mesmo período do ano passado,
quando foram contabilizados 62,9 mil casos.
A
incidência da dengue no país até 16 e março é de 109,9 casos por 100 mil
habitantes. As mortes provocadas pela doença acusaram aumento de 67%, passando
de 37 para 62 – a maioria no estado de São Paulo, com 31 óbitos, informou o
ministério. O número representa 50% do total de todo o país.
Apesar do
aumento expressivo no número de casos, a situação ainda não é classificada pelo
governo federal como epidemia. O último cenário de epidemia identificado no
país, em 2016, segundo o Ministério da Saúde, teve 857.344 casos da doença
entre janeiro e março.
“É preciso
intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti [mosquito transmissor da
doença] para que o número de casos de dengue não continue avançando no país”,
destacou o ministério.
Estados
Alguns
estados têm situação mais preocupante, com incidência maior que 100 casos por
100 mil habitantes: Tocantins (602,9 casos/100 mil habitantes), Acre (422,8
casos/100 mil habitantes), Mato Grosso do Sul (368,1 casos/100 mil habitantes),
Goiás (355,4 casos/100 mil habitantes), Minas Gerais (261,2 casos/100 mil habitantes),
Espírito Santo (222,5 casos/100 mil habitantes) e Distrito Federal (116,5
casos/100 mil habitantes).
Regiões
Ainda de
acordo com os dados do ministério, o Sudeste apresenta o maior número de casos
prováveis (149.804 casos ou 65,4 %) em relação ao total do país, seguido pelas
regiões Centro-Oeste (40.336 casos ou 17,6 %); Norte (15.183 casos ou 6,6 %);
Nordeste (17.137 casos ou 7,5 %); e Sul (6.604 casos ou 2,9 %).
O
Centro-Oeste e o Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência de dengue,
com 250,8 casos/100 mil habitantes e 170,8 casos/100 mil habitantes,
respectivamente.
Zika
Até 2 de
março deste ano, houve ainda 2.062 casos de zika, com incidência de 1 caso/100
mil habitantes. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 1.908
casos prováveis.
Entre os
estados com maior número de casos estão Tocantins (47 casos/100 mil habitantes)
e Acre (9,5 casos/100 mil habitantes). Ainda não foram registrados óbitos por
zika no Brasil.
Chikungunya
Até 16 de
março de 2019, foram identificados 12.942 casos de chikungunya no Brasil, com
uma incidência de 6,2 casos/100 mil habitantes. Em 2018, foram 23.484 casos –
uma redução de 44%.
As maiores
incidências ocorreram no Rio de Janeiro (39,4 casos/100 mil habitantes),
Tocantins (22,5 casos/100 mil habitantes), Pará (18,9 casos/100 mil habitantes)
e Acre (8,6 casos/100 mil habitantes).
Em 2019,
ainda não foram confirmados óbitos pela doença. No mesmo período de 2018, foram
confirmadas nove mortes.
Agência
Brasil
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