SÃO PAULO, SP
(UOL/FOLHAPRESS) - Nem a vacinação infantil nem a frequência escolar serão
critérios para barrar o pagamento no Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa
Família. O benefício começa a ser pago a 14,6 milhões de pessoas a partir de quarta-feira
(17).
Hoje, a
concessão do Bolsa Família depende de exames pré-natal, acompanhamento
nutricional e de saúde e frequência escolar mínima de 85%. Outra condição para
concessão do Bolsa Família é a vacinação de crianças de 0 a 6 anos.
A
informação foi dada pelo Ministério da Cidadania em comunicado. De acordo com a
pasta, o acompanhamento da imunização e a frequência escolar de crianças foram
mantidos no novo programa, mas o desrespeito a essas regras não impede que o
dinheiro seja repassado às famílias em vulnerabilidade social.
"A
vacinação infantil é importante ferramenta para o desenvolvimento saudável das
crianças e não é requisito para o pagamento do auxílio", afirma o
ministério. "Famílias que tiverem dificuldades para cumprir o calendário de
vacinação terão apoio do poder público para regularizar a vacinação, mas
continuarão a receber o benefício."
Enquanto o
Ministério da Saúde fiscaliza a vacinação infantil, nutrição das crianças e
pré-natal de gestantes, o Ministério da Educação acompanha a frequência escolar
dos estudantes.
Dentre as
vacinas infantis estão a da caxumba, rubéola, sarampo, hepatites A e B,
varicela, poliomielite, febre amarela, meningite e rotavírus. Se a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também aprovar a aplicação da vacina
contra Covid-19 a crianças de 5 a 11 anos, esse imunizante também pode entrar
no calendário nacional infantil.
O
ministério admite que o objetivo das condicionalidades "é estimular as
famílias a exercerem o direito de acesso às políticas públicas de assistência
social, educação e saúde" e que o acompanhamento por parte do governo
permite identificar os problemas sociais "que afetem ou que impeçam o
acesso das famílias aos serviços públicos".
COMO SÉRA O AUXÍLIO BRASIL
Em
novembro, o benefício sofrerá reajuste de 17,8%, aumentando o valor médio para
R$ 217,18 mensais. No mês que vem, o valor das parcelas deverá ser acrescido de
um benefício que vai durar até dezembro de 2022 e que garantirá um Auxílio
Brasil de R$ 400 a 17 milhões de beneficiários
Os 14,6
milhões que hoje recebem o Bolsa Família não precisarão se recadastrar.
Têm
direito ao benefício as famílias com renda per capita de até R$ 100,
consideradas na extrema pobreza. Quem está em situação de pobreza -renda per
capita até R$ 200- terá direito ao benefício desde que entre seus integrantes
haja alguma gestante ou morador com até 21 anos incompletos.
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